15/1/2019
De acordo com pesquisa inédita realizada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa e publicada na revista Neurourology and Urodynamics, mulheres com bexiga hiperativa refratária aos tratamentos de primeira e segunda linha obtiveram melhora nos sintomas e na qualidade de vida por um período maior ao receberem 500 Unidades de tratamento intravesical com ABO (abobotulinumtoxinA) em relação àquelas que receberam aplicação de 300 Unidades.
Em um ensaio randomizado, Danielle de Sá Dantas Bezerra, autora da dissertação de mestrado que resultou no artigo, assinado por mais cinco pesquisadores, 21 mulheres receberam 300 ou 500 U de ABO.
No questionário de impressão global de melhora do paciente (IGP-I), 70% dos pacientes no grupo 300 U e 88,9% no grupo 500 U relataram sentir-se “melhor” ou “muito melhor” em 12 semanas. Às 24 semanas, os percentuais foram de 50% e 100%, respectivamente.
Os pesquisadores alertam que a onabotulinumtoxinA, licenciada nos EUA, não é equivalente à ABO. “Por esse motivo, são necessários ensaios clínicos para estabelecer a dose apropriada para cada formulação”, diz o estudo, que busca um melhor tratamento para incontinência urinária.
Referência do artigo
de Sá Dantas Bezerra D, Gustavo Morato de Toledo L, da Silva Carramão S, Silva Rodrigues AF, Dmockowski R, Auge APF. A prospective randomized clinical trial comparing two doses of AbobotulinumtoxinA for idiopathic overactive bladder. Neuro Uro. DOI: 10.1002/nau.23884.
Equipe que assina o artigo: Danielle de Sá Dantas Bezerra, Luis Gustavo Morato de Toledo, Silvia da Silva Carramão, Antonio F. Silva Rodrigues, Roger Dmochowski e Antonio P. F. Auge. Publicado em 7/12/2018. Acesse: https://doi.org/10.1002/nau.23884
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