9/11/2018

Livro sobre Alzheimer de egresso da FCM/Santa Casa é premiado Honraria é da Associação Brasileira das Editoras Universitárias.

O livro “Alzheimer: A doença e seus cuidados”, escrito por Alessandro Ferrari Jacinto, graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo com residência médica em Geriatria e Gerontologia na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e pela jornalista Marisa Folgato, publicado pela Editora Unesp e parte da Coleção Saúde e Cidadania, levou o primeiro lugar no Prêmio ABEU 2018, na categoria Ciências da Vida. O prêmio é conferido pela Associação Brasileira das Editoras Universitárias.

A cerimônia de anúncio e entrega da premiação ocorreu na última segunda-feira (5) na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. A premiação visa distinguir, anualmente, as melhores edições universitárias no âmbito do conhecimento científico e acadêmico, bem como realçar o projeto gráfico mais acurado.

Ao lado do diretor-presidente da Fundação Editora da Unesp, Jézio Hernani Bomfim Gutierre, os dois autores receberam o troféu e se disseram orgulhosos pelo prêmio. Ambos consideraram um reconhecimento ao impacto positivo que o livro tem para pessoas em busca de respostas para o cuidado de pacientes com a doença de Alzheimer, unindo o lado técnico a histórias emocionantes.

Em sua 4ª edição, o Prêmio contou com a curadoria de Sheila Diab Maluf, que ficou responsável pela escolha dos jurados e avaliadores das obras submetidas às 7 categorias da competição.

O livro

Com 132 páginas, o livro “Alzheimer: A doença e seus cuidados” apresenta histórias reais vividas pelos pacientes e familiares, e dados técnicos da doença. O trabalho produzido pelo médico Alessandro Ferrari Jacinto e a jornalista Marisa Folgato (filha de mãe doente de Alzheimer) extrapola as informações médicas e a resignação diante de uma doença que ainda não tem cura.
A bibliografia médica e a vivência entre pacientes mostra que os relatos sobre a doença começam com queixas sobre falhas de memória e seguem para o diagnóstico que ninguém quer ouvir: é Alzheimer.

A publicação traz dados técnicos de qualidade e explica a doença, de forma acessível. Segundo os autores, o Alzheimer representa 65% dos cerca de 47,5 milhões de casos de demência no mundo e afeta 13% das pessoas com mais de 65 anos e 45% da população acima de 85 anos.
O livro oferece informações sobre o diagnóstico, o tratamento e as necessidades do doente. Informa também como estimular a memória das pessoas com Alzheimer e preservar a realização de suas atividades básicas.

No processo de produção do livro, a jornalista Marisa Folgato entrevistou familiares de pessoas com o diagnóstico de demência da doença de Alzheimer, das mais diversas condições sociais. Alessandro Ferrari Jacinto, como médico, explicou o conteúdo das entrevistas.
No livro, essas pessoas que enfrentam o Alzheimer com coragem dividem com o leitor sua luta para que o paciente se sinta bem e compartilham saídas que encontraram para facilitar-lhes o dia a dia: dicas de higiene, alimentação e decoração para tornar o ambiente seguro; sugestões de divisão de tarefas e responsabilidades para quem cuida do doente; orientações sobre aspectos legais e internação ou não do paciente.

Os autores

Alessandro Ferrari Jacinto faz parte da disciplina de Geriatria do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), da Universidade Estadual Paulista (Unesp). É graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Fez residência médica em Geriatria e Gerontologia na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, doutorado no Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado no Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É professor do Programa de Pós-Graduação “Fisiopatologia em Clínica Médica” na FMB-Unesp, com linha de pesquisa em demências. Tem título de especialista em Geriatria pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Marisa Folgato é jornalista e cuidou durante oito anos da mãe, Antonieta, que teve Alzheimer. Com 33 anos de experiência profissional, trabalhou vinte anos como repórter no jornal O Estado S. Paulo e editou o caderno do Curso Intensivo de Jornalismo do mesmo periódico. Atuou como repórter freelancer no Jornal da Tarde, Veja SP, IstoÉ 2016, Diário do Comércio e Viver Bem. Participou da edição de sites, como o do Hospital Israelita Albert Einstein; e de livros, como o Transformando desde 1951, da ESPM. Foi assessora de imprensa da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) e é consultora do Instituto de Engenharia, em São Paulo.